Você sabe a diferença entre Aguardente de cana e Cachaça? vejam também uma matéria do jornal A Tarde de 2008, quando me entrevistaram, eu era o Gerente Regional da EBDA em Seabra-Ba. Vale conferir e apreciar um gole da Abaíra!
A cachaça é uma aguardente de cana-de-açúcar com graduação alcoólica de 38% a 48%, a 20 graus Celsius, obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar. Caso não se enquadre nessa definição, a bebida não pode ser comercializada como cachaça e receberá a denominação de aguardente de cana. Por exemplo, um destilado de cana com graduação alcoólica de 50% só pode ser chamado deaguardente de cana-de-açúcar. Ou seja, toda cachaça é uma aguardente, mas nem toda aguardente é cachaça.
Não podemos também chamar de cachaça outros destilados não providos da cana. Um destilado de caju é um aguardente de caju e não uma cachaça de caju. E ao adicionarmos ervas e/ou especiarias na cachaça, não é possível comercializa-la como cachaça, mas sim como uma aguardente composta.
Vale lembrar também que a cachaça pode ser chamada popularmente por diversos apelidos carinhosos, como água-que-passarinho-não-bebe, bafo-de-tigre, danadinha, marvada, talagada, e muitos outros sinônimos.
http://www.mapadacachaca.com.br/artigos/qual-a-diferenca-entre-cachaca-e-aguardente/
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Região propícia para boa Cachaça
O gerente do escritório regional da EBDA, João Bosco Cavalcante Ramalho, diz que há vários fatores que explicam a qualidade da cana usada na produção da cachaça Abaíra.
Um deles é o clima da chapada, região que tem as estações do ano definidas, com uma variação normal entre os períodos de estiagem e de chuva. “Outros fatores que proporcionam a qualidade são a combinação solo e clima, bem peculiar nessa microrregião, e o teor de brix (açúcar), que é bem melhor que da cana cultivada em regiões litorâneas de alta umidade. Mas, além de tudo isso, há o hábito, o chamado ”pulo do gato“ que os produtores da região têm”. A EBDA também vem fazendo experimentos para aumentar a produtividade da cana. Atualmente, as áreas sem irrigação produzem uma média de 30 toneladas por hectare, o que corresponde a quatro mil litros de cachaça. Nas irrigadas, a produção pode até triplicar, porém tem mantido uma média de 80 toneladas, segundo o presidente da Coopama, Evaristo C. de Souza. PROCEDÊNCIA João Bosco Cavalcante Ramalho explica quais são os perigos de consumir uma cachaça sem procedência. Para facilitar o entendimento, ele utiliza expressões populares empregadas no processo do fabrico da cachaça: cabeça, coração e calda. A cabeça corresponde àquela primeira quantidade da aguardente na fase de destilação. Ela vem composta com metanol, impurezas e resíduos de metal pesado gerado pela estrutura do alambique. A calda é caracterizada por um percentual alcoólico reduzido, inadequado, prevalecendo uma maior quantidade de água. O gerente da EBDA alerta que é muito comum a mistura da cabeça com a calda, o que ocasiona acidez que provoca um ardor exagerado na aguardente e o famoso “bafo de cachaceiro”. Por fim, João Bosco Ramalho explica que toda a qualidade da cachaça está no chamado coração. É aquela parcela sem a cabeça e sem a calda, que que após destilação, deve apresentar percentuais mínimos de impurezas, estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Por tudo isso, é importante consumir apenas a cachaça cuja fabricação tenha procedência”, frisa. (J.B.) |
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