Existe uma planta que possa ter propriedades terapêuticas reconhecidas para a pele,psoríase,queimaduras, para o cabelo,males do estômago, prisão de ventre, cicatrização e utilizada como auxiliar no tratamento do câncer? Existe sim! Aloe vera, popularmente conhecida como a babosa...conheça um pouco essa belíssima planta!
BABOSA (ALOE VERA): BENEFÍCIOS E PROPRIEDADES MEDICINAIS
A babosa (Aloe vera) é uma planta
medicinal extremamente conhecida e utilizada no mundo inteiro. Pertence a
família das Liliáceas.
Benefícios da babosa
A babosa é
mundialmente conhecida pelo seu poder de cura, principalmente quando age sobre
a pele. Muitas queimaduras de grau elevado (profundas) tratadas com a planta
muitas conseguem evoluir para uma queimadura de menor grau em poucos dias.
Diversos estudos foram realizados em todo o mundo com o objetivo de se
investigar diversas propriedades medicinais da babosa, agave em formato de
cacto. A babosa pode ser utilizada de várias formas, incluindo suco, gel,
creme, pomadas, cápsulas, tônico e até mesmo em sua forma natural.
A indústria cosmética
vê a Aloe vera como base e fitocosmético para vários produtos de beleza, tais
como cremes faciais e capilares, limpadores de pele, fortalecedor do couro
cabeludo e desodorantes. Ajuda também a combater a caspa, previne contra as
rugas hidratando peles ressecadas e flácidas e, aplicada como loção após a
barba, é ótimo suavizante para a pele.
A babosa também é
muito útil para o tratamento de cortes e feridas, acne, coceiras, manchas na pele, picadas de insetos,
dores musculares, problemas digestivos, artrite, sinusite e asma, além do já
citado combate eficiente à queimaduras, seja por fogo ou raios solares. Os
principais componentes da babosa (aloína, aloeferon, aloetina e barbalodina)
são responsáveis pelas propriedades cicatrizantes da planta, que é também
também utilizada como tônico digestivo e laxante.
Quanto a utilidade da
babosa no tratamento do cancêr, nada ainda foi comprovado pela comunidade
científica sobre sua eficiência. Alguns estudos já concluiram que a babosa
fortalece o sistema imunológico e tem ação anti-inflamatória e antiviral
(inclusive inibindo a multiplicação do vírus da AIDS). Algumas pesquisas
isoladas mostraram que os oligossacarídeos presentes na Babosa ajudam a
combater as células malignas. Algumas pesquisas sugerem que os princípios
ativos encontram-se no gel mucilaginoso das folhas da babosa e não na casca da
folha.
Enquanto o uso
interno da babosa ainda é tema de muita discussão entre a comunidade
científica, a efetividade da planta quanto ao uso externo (aplicação tópica) é
unânime. Sobre a pele, as substâncias contidas na babosa agem formando uma
camada protetora e refrescante, com amplo uso cosmético e medicinal.
A Aloe vera spp. (Aloe vera ou Aloe barbadensis) faz parte da Relação
Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de
espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de
gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
Contraindicações e efeitos colaterais
da babosa
Alguns componentes da
babosa têm propriedades emenagogas (aumentam o fluxo sanguíneo), por isso a
babosa é contra-indicada na gravidez. Em doses altas, a Aloe vera pode provocar
vômitos e se transformar num purgativo drástico, sendo totalmente
desaconselhável seu uso em crianças, onde os efeitos colaterais podem ser
potencializados. O uso também é contra-indicado em casos de varizes,
hemorroidas, afecções renais, enterocolites, apendicites, prostatites e
cistites. O uso interno prolongado provoca hipocalemia e favorece o surgimento
de hemorroidas.
O consumo da babosa
não deve ser indiscriminado, pois pode provocar dores abdominais, fortes
diarreias (onde muitos defensores da planta afirmam ser o “efeito limpeza”) e,
em doses elevadas, pode causar até inflamação nos rins.
História e curiosidades:
O nome do gênero Aloe
seria originário do hebráico halal ou do arábico alloeh, que significa substância amarga, brilhante e
recorre ao gel da babosa. O nome da espécie vem do latim vera (= verdadeira). Ao que tudo indica, ela é considerada
uma planta poderosa há muito tempo.
A evidência mais
antiga do uso da babosa mais antiga foi encontrada em um tablete de barro na
Mesopotâmia, datado de 2.100 a.C, segundo um estudo da Atherton High School. Referências para seu uso como um
agente curativo podem ser achadas também nas culturas dos antigos egípcios,
chineses, gregos, indianos e também na literatura cristã.
Antigos muçulmanos e
judeus acreditavam que a babosa representava uma proteção para todos os males
e, por isso, usavam as folhas até penduradas na porta de entrada da casa.
Alexandre, o Grande, teria conquistado as Ilhas de Socotorá, no Oceano Índico
(século IV a.C.), porque lá vegetava abundantemente um tipo de babosa que
produzia uma tinta violácea. Há quem diga, entretanto, que na verdade, o
conquistador conhecia os poderes cicatrizantes da babosa e seu principal
interesse nas ilhas era ter plantas suficientes para curar os ferimentos dos
seus soldados após as batalhas. Lendas também indicam que a babosa era um dos
segredos da beleza de Cleópatra.
Na África, caçadores
esfregam o suco de babosa em seus corpo para reduzir a transpiração e mascarar
o cheiro humano. A babosa é uma das plantas mais adaptáveis e fáceis de se
desenvolverem. Porém, deve-se tomar cuidado, vez que as folhas da babosa
utilizadas em grande quantidades podem causar náuseas e vômitos.
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