Uma tese de Paleobiólogos está em construção, Humanos deram início a uma nova era geológica .

A Era Antropozóica de fato existe? Paleobiólogos da Universidade de Leicester refletem A Era Antropozóica é real? Trata-se de um conceito muito debatido de uma nova era geológica conduzida por humanos.
Nosso impacto ambiental é de fato profundo, mas isso tem significado em uma escala geológica, medida em milhões de anos? E os humanos deixarão uma marca distinta nas camadas de pedras que os geólogos de 100,000,000 d.C. usarão para investigar o nosso presente?
Junto com outros membros do Grupo de Trabalho da Era Antropozóica, nós acabamos de publicar um estudo na Science que une várias evidências.
O caso da Era Antropozóica pode ser destilado em cinco filamentos:
1. Carbono na atmosfera: O carbono é importante, tanto por conta do seu impacto no aquecimento global quanto por deixar traços geológicos que podem durar bastante tempo. Os altos níveis de dióxido de carbono na atmosfera – agora mais altos do que em qualquer momento nos últimos milhões de anos – podem ser encontrado como bolhas de fósseis nas "pedras" conhecidas como calotas polares.
Mas onde há largura e mais traços de longa duração, na forma de padrões modificados de isótopos de carvão (absorvidos por todas as coisas vivas) em partículas pequenas, virtualmente indestrutíveis de cinzas que sairam de caldeiras e chaminés. Elas deixam sinais permanentes na rocha e camada de solo acumulada.
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2. Nós estamos acrescentando elementos químicos ao meio ambiente: Outros ciclos químicos foram perturbados. Agora existe duas vezes mais nitrogênio reativo na superfície da Terra do que no passado, cortesia da síntese de Haber-Bosch utilizada pela indústria de fertilizantes, enquanto a quantidade de fósforo na superfície também dobrou. Essa mudança de biologia e química ambientes em desde lagos do norte a crescentes zonas mortas de oceanos encontradas em costas poluídas.
Os radionuclídeos liberados por explosões de bombas atômicas (no momento) são banais para o meio ambiente em comparação – mas eles também deixaram um marcador mensurável e distinto ao redor do mundo.
3. Criamos materiais que podem sobreviver por mais tempo que nós: A ingenuidade humana, em conjunto com a indústria, cria milhares de novos materiais que não existirão sem nós (de compostos agora mais duros que diamante ao plástico). Temos visto um crescimento extraordinário: de um nível insignificante pré-Segunda Guerra Mundial para algo de 300 milhões de toneladas por dia atualmente.
Muitos desses materiais demoram bastante tempo para se esgotar, e eles têm sido bem perturbados ao redor do planeta. Quase nenhum lugar é seguro. Até mesmo a maioria das amostras de lama tiradas de lençois freáticos agora contêm fragmentos de plástico. Enterrados no sedimento, esses materiais podem ser preservados por períodos geológicos, formando novas pedras e "tecnofósseis" para maravilhar nossos descendentes.
4. A vida em si está mudando: A taxa de extinções agora está várias vezes acima dos níveis anteriores, e está se acelerando.
Mas discutivelmente de maior significado, atualmente, para a biologia moderna – e, por isso, para a paleontologia futura – é a redistribuição sem precedente de espécies de plantas e animais entre continentes e por meio de oceanos.
Essa homogenização da vida na Terra está atrelada à evolução de coisas geradas pelos humanos, como as espécies vivas na agricultura, para criar uma gama de agrupamentos biológicos como brócolis ou milho, que não existem na natureza.
5. Tudo faz sentido: As mudanças são comparáveis em escala às de outras eras. A variação extraordinária de sinais geológicos associados com a Era Antropozóica – vários deles novos para a história do planeta – significa comparações com eras mais recentes que não são diretas. Mas juntar as evidências significa uma mudança pelo menos tão grande quanto a que foi conduzida no Holoceno, época da Era Cenozóica, a nossa atual, e a maioria das outras eras.
Por isso, há uma base sólida para considerar a Era Antropozóica – especialmente se definida como tendo início no meio do século 20 – no contexto real da história do nosso planeta.
Isso não significa necessariamente que o termo será formalizado em breve; outros argumentos influenciam o debate. Alguns muito usados em eras geológicas, como o Pré-Cambriano (os primeiros quatro bilhões de anos do planeta), ainda não têm uma definição oficial. Mas isso significa que os humanos estão mudando o sistema da Terra da estabilidade ambientalmente comparativa do Holoceno em um novo e evoluído estado planetário. E o impacto será sentido por futuras gerações humanas.
*Jan A. Zalasiewicz é palestrante de paleobiologia e Mark Williams é professor de paleobiologia, ambos na Universidade de Leicester, na Inglaterra. Esse artigo foi publicado originalmente em inglês no The Conversation.
Fonte: Revista Galileu

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