Câmara proíbe uso de agrotóxicos no perímetro urbano de Maringá- vamos fazer igual, vereadores e deputados baianos?
Por Kélen Henn
A proibição da utilização de agrotóxicos no perímetro urbano de Maringá foi aprovada ontem na sessão da Câmara Municipal. O projeto de autoria do vereador Carlos Mariucci (PT) prevê a alteração da redação da lei complementar 195/1997 que dispõe sobre o uso e o armazenamento de agrotóxicos. Segundo o texto, todo o plantio efetuado em perímetro urbano, em área superior a 500 metros quadrados, deverá possuir licença anual emitida pela prefeitura do município.
O projeto aprovado com 14 votos coincidiu com o Dia Mundial do Meio Ambiente. Mariucci disse que a lei traz grande ganho para a sociedade: “Cuidar do lugar em que vivemos é, na verdade, cuidar das pessoas”.
Segundo o vereador, a finalidade é proteger a área urbana dos agrotóxicos, já que em alguns casos esses produtos são utilizados próximos a escolas ou áreas residenciais. Ele afirma que a prefeitura se encarregará de realizar a fiscalização através de engenheiros agrônomos que também irão atuar na conscientização dos pequenos e grandes agricultores.
O ambientalista Jorge Villalobos diz que a lei é um avanço para o município, mas que a ideia deve contar com a participação da população. Ele também comenta a queda de preços nos produtos orgânicos: “Uma coisa leva à outra. Em relação à agricultura familiar, Maringá é uma referência. Vários agricultores já se preocupavam em oferecer produtos sem agrotóxicos e, agora, a tendência é melhorar”.
Villalobos, no entanto, diz que o Brasil ainda está atrasado em políticas ambientais na agricultura: “A tendência mundial é optar por plantio que priorize a saúde do consumidor. Os Estados Unidos e a Europa já estão muito à frente”.
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