Curiosidades Agroecológicas: Abóbora crioula, resistente a seca e a pragas e doenças, fornece frutos saborosos, ricos em Vitamina A e podem ser conservados por mais de 04 meses . Belíssima fruta , isso mesmo a abóbora é uma fruta!...conheça mais


A abóbora (Cucurbita moschata) pertence à família das cucurbitáceas, juntamente como o pepino, o melão, o maxixe e o jerimum.  Originária das Américas, a abóbora destaca-se na culinária nordestina pelo seu valor alimentício e por sua versatilidade no modo de ser preparada.  É uma planta anual e herbácea que apresenta, ao mesmo tempo, flores femininas e masculinas; por isso, tem a fecundação cruzada. Na propriedade familiar, a abóbora tem lugar garantido como alimento capaz de evitar doenças da visão, já que contém carotenóides pró-vitamina A, além de ter propriedades antioxidantes.

Cucurbita moschata - Abóbora-pescoço

Nomes populares
Abóbora-pescoço, abóbora, abóbora-crioula, abóbora-de-mato-grosso, abóbora-de-vaca, abóbora-gigante, abóbora-menina, moranga
Nome científico
Cucurbita moschata (Duchesne) Duchesne ex Poir.
Basionônio
Sinônimos
Família
Cucurbitaceae
Tipo
Nativa, não endêmica do Brasil.
Descrição
Planta anual. Caule duro, arredondado. Folhas com recorte geralmente intermediário ou superficial, ápice agudo, sem acúleos. Flores com androceu longo, filiforme e colunar. O pedúnculo é duro, ligeiramente anguloso, amplamente expandido na junção com o fruto. A polpa dos frutos é geralmente alaranjada ou amarelada, com textura finamente granulosa ou fibrosa gelatinosa. As sementes são brancas a marrom-claras, com superfície lisa ou levemente ondulada, margem proeminente e cicatriz do funículo ligeiramente oblíqua.
Característica
A presença de manchas nas folhas é uma característica freqüentemente referida como diagnóstico para C. moschata, entretanto acessos desta espécie sem manchas nas folhas já foram observados em acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Cucurbitaceae da Embrapa Clima Temperado. (HEIDEN 2007, p. 13).
Floração / frutificação
Novembro e dezembro, com frutos a partir de fevereiro.
Dispersão
Hábitat
Amazônia
Distribuição geográfica
É nativa no Norte (Pará, Amazonas), Nordeste (Maranhão, Bahia) (KLEIN, 2010), sendo, porém, cultivada em quase todo o Brasil.
Etimologia
Propriedades
Fitoquímica
Frutos - Composição por 100 gramas de parte comestível: calorias, nutrimentos e minerais.
            Calorias 40, proteínas 1,2(g), lipídios 0,3(g), glicídios 9,8(g) fibra 0,6(g), cálcio 12(mg), fósforo 27(g), ferro 0,7(mg)
Composição por 100 gramas de parte comestível: Vitaminas
            Vitamina B1 0,05(MG), vitamina B2 0,04(mg), niacina 0,6(MG), vitamina C 42(mg)
Possui também beta-caroteno, ácido ascórbico, riboflavina e ácido fólico.
Fitoterapia
Na medicina popular e indígena as flores e folhas são emolientes a raíz é antitérmica e a semente tenífuga.
Fitoeconomia
Espécie cultivada há mais de 10.000 anos pelos antigos Olmecas, Incas e Astecas. É muito usada para fins forrageiros, devido à produtividade das plantas e a durabilidade dos frutos. Na alimentação humana, os frutos são utilizados no preparo de doces em calda ou em pasta, ou também em pratos salgados como ensopados, cozidos ou em pratos típicos, como o quibebe, prato rio-grandense com consistência de purê. Existem muitas variedades, tanto com frutos pequenos, redondos, ou com frutos em forma de “pescoço”, com até 1 metro de comprimento. Outros usos alimentícios que já foram estudados são a utilização da polpa desidratada e das sementes em formulações de pães. Piekarski (2009) realizou um importante estudo sobre a utilização alimentícia do pó das folhas da abóbora-pescoço, demonstrando que a utilização da folha de abóbora em pó, juntamente com outros ingredientes na fabricação de pães, apresentou boa aceitação e composição rica em fibras alimentares e minerais.
Injúria
Comentários
Na língua Guarani é chamada de “andai”.
Bibliografia
Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -
Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.
HEIDEN, G.; BARBIERI, R. L.; NEITZKE, R. S. Chave para a Identificação das Espécies de Abóboras (Cucurbita, Cucurbitaceae) Cultivadas no Brasil. EMBRAPA Clima Temperado. Pelotas,RS. 2007. 31p. Il. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/docuhttp://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/documentos/documento_197.pdf>.
KLEIN, V.L.G., Lima, L.F.P. 2010. Cucurbitaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB082120).
NOELLI, F. S. Múltiplos Usos de Espécies Vegetais Pela Farmacologia Guarani Através de Informações Históricas. Universidade Estadual de Feira de Santana. Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, Bahia, 1998. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/publicacoesdhi/dialogos/volume01/Revista%20Dialogos/DI%C1LOGOS10.doc>.
PARENTES SILVESTRES DAS ESPÉCIES DE PLANTAS CULTIVADAS. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2006. 42p. il. Disponível em: <http://www.4shared.com/document/4pcyrOQ-/Parentes_Silvestres_das_Espcie.html>.
PIEKARSKI, F. V. B. W. Folha de Abóbora: Caracterização Físico-química, mineral e Efeito da Adição na Reologia da Massa e na Qualidade Sensorial de Pães Contendo Fibra Alimentar. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, PR. 2009. 165p. Disponível em: <http://www.posalim.ufpr.br/Pesquisa/pdf/DissertaFlaviaP.pdf>.
TABELAS de Composição de Alimentos – ENDEF. 5ª ed.; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Rio de Janeiro, 1999. 137p. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/Tabela%20de%20Composicao%20de%20Alimento-ENDF.pdf>.





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