CURIOSIDADES AGROECOLÓGICAS: Cultura da Araruta é tema de Dia de Campo em Cruz das Almas. Conhece a Araruta, saiba mais?
Motivar os agricultores familiares do Recôncavo da Bahia sobre a importância do cultivo da araruta na segurança alimentar. Este é o foco dos técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), ao promoverem um Dia de Campo, na próxima terça-feira (12/08), na sede da Gerência Regional da EBDA, em Cruz das Almas.
No evento, que começa às 8h, os agricultores conhecerão sobre a importância da araruta na alimentação humana – a partir da fécula ou amido -, na produção de alimentos sem glúten. O processamento e beneficiamento dos derivados da araruta, na culinária, também serão pauta no evento, além da distribuição de 15 mil mudas da planta aos agricultores.
Para o engenheiro agrônomo da EBDA, em Cruz das Almas, Jorge Silveira, o Dia de Campo será dinâmico e enriquecedor. “A expectativa é de reunir mais de 100 agricultores familiares, na busca de socializar as informações sobre o cultivo da araruta e a importância da comercialização dos subprodutos para geração de emprego e renda das famílias rurais”, destaca.
Os trabalhos desenvolvidos pela EBDA, sobre a cultura, iniciaram em 2008 e têm como proposta incentivar o plantio em bases agroecológicas, buscando incentivar o uso de alimentos saudáveis.
Saiba Mais sobre a Araruta:
ARARUTA PROPRIEDADES
Maranta arundinacea
Da raiz dessa planta produz-se a famosa farinha de araruta, rica em nutrientes, servindo para aTambém é conhecida como agutiguepe, araruta-caixulta, araruta-comum, araruta-especial, araruta-gigante, araruta-palmeira, araruta-raiz-redonda, araruta-ramosa, embiri1 e agutingue-pé.limentar crianças. Aredita-se que essa planta seja um antidoto para veneno de cobra.
Descrição : Planta da família das Maranraceae, também é conhecida como agutiguepe, araruta-caixulta, araruta-comum, araruta-especial, araruta-gigante, araruta-palmeira, araruta-raiz-redonda, araruta-ramosa, embiri1 e agutingue-pé.
Erva medicinal, cuja Pátria é o Brasil, onde vegeta em todo o seu território. Vivaz, de rizoma fusiforme com escamas aplicadas e caule articulado até 120cm de altura, folhas pecioladas e com longas bainhas foliáceas, ovais-lanceoladas, acuminadas com limbo de 10-20cm de comprimento e 5 a 8cm de largura, pubescentes na página inferior.
Suas flores irregulares, pequenas, brancacentas, solitárias ou dispostas em panículas terminais irregulares, protegidas por brácteas invaginantes. Seu fruto plano-convexo, primeiramente baciforme e depois seco. Suas sementes são rugosas, vermelho claro e com arilo amarelo.
Indicações : O rizoma desta planta fornece a célebre farinha de araruta, muito nutritiva, delicada, inodora e analéptica e entra em todas as combinações que se queira fazer com leite e água, servindo ainda para muitos outros pratos como bolos, cremes, doces, biscoitos, etc. Muito útil na alimentação de crianças. Todos os países que a cultivam, exportam-na. O único que não a usa para comércio exterior é o Brasil, seu berço nativo.
Propriedades medicinais :
Suas propriedades medicinais são as seguintes: contra as febres intermitentes, contra a dispepsia, sendo que seu suco acre serve contra a mordedura de cobra e picada de insetos e quando colocado sobre a língua aumenta a salivação. Serve como forragem e é muito indicada para, a engorda de suínos.
Algumas tribos do Brasil já aconheciam como Arú-Arú e os os Caraíbas acreditavam que a farinha de araruta constituía um neutralizador do veneno impregnado das flexas atiradas pelos seus inimigos. Do seu nome indígena, os portugueses adaptaram-no para Araruta.
Habitat : Existe grande variedade dessa planta. Em São Paulo existe a Caisulta, Comum, Gigante, Especial, Imbiri, Palmeira, Raiz Redonda e Ramosa, sendo que a Caixulta é a melhor. Nativa no Brasil, conhecida pelos índios, espalhou-se no entanto pelo mundo todo, sendo o sue comércio muito forte no exterior. Em Ceylão chamam-na Araluk e Hulankiriya.
Nota : Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo daquela planta. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47, onde as variedades são cultivadas organicamente.
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