Pense num Bode? rusticidade, prolificidade , aptidão mista , belíssimo animal !
Canindé
Além de ser boa reprodutora, fornece uma média diária de leite um pouco acima da observada entre as raças nacionais.
Origem - A cabra Canindé tem sua origem ligada ao grupamento das Pirenaicas, conforme ilustrado pela recente classificação realizada na Espanha e pelas criações de Portugal. Uma cabra semelhante foi também selecionada nos Alpes da Suíça, sob o nome de Grisone Negra, da qual derivaram a "British Alpine" (inglesa, cruzada com Toggenburg e outras raças) e a "Poitevine" (francesa).
Além dessas, há a Thuringian (alemã), a Pirenaica (espanhola), a Serrana (portuguesa), a Caserta ou Novara (italiana), e várias outras até na África.
A mais famosa, segundo Porter (1996), é a Grisone, de acentuada elegância, no cantão de Graubunden, no sudeste da Suíça. A Grisone (Bunder Strahlenziege ou Grigionese strisciata na Itália, ou Grisons Striped) tem uma pelagem de cor básica de antracito (carvão fóssil, cinza escuro) a preto com marcas claras (listras na cara, focinho, nas orelhas, parte inferior das pernas, nas partes inferiores do lado, parte traseira das coxas e no escudo sob a cauda). Com uma longa história nos últimos séculos esta raça de montanha é soberbamente adaptada a condições alpinas adversas onde ainda consegue produzir uma quantidade razoável de leite. Os chifres em forma de sabre viram-se levemente nas pontas.
No Brasil - A Canindé, segregada no Nordeste brasileiro desde o período colonial, logrou consolidar uma pelagem com menos partes brancas e um pêlo muito curto, quando comparada com as raças homólogas européias.
No Nordeste, depois da Grande Seca de 1877, ocasião em que os rebanhos bovinos foram quase que totalmente dizimados, as cabras dessa pelagem passaram a ser encontradas, em maior número, no vale do rio Canindé, no Piauí, pouco se tendo notícia das mesmas em sua terra de origem, na Bahia. Ganharam uma cor avermelhada, no lugar do branco e algumas tornaram-se muito peludas. O nome consolidou-se, então, como cabra Canindé, a ponto de certos estudiosos acreditarem que a origem estava mesmo no Piauí e no Ceará.
Aristóbulo de Castro afirma que é comum ouvir que existem duas formas étnicas denominadas "Canindé": uma conhecida pela tradição sertaneja, de pelagem preta e barriga branca; e outra, de pelagem castanha, avermelhada, com uma lista preta no dorso e a barriga preta (p. 214). Esta segunda, sem dúvida, é a cabra Tauá que, saindo da Bahia, chegou ao Piauí, ao vale do rio Gurguéia, de onde contraiu o novo nome de raça Gurguéia. Esta confusão foi passada para os livros.
O nome, no entanto, vem de longe. Abdias Macedo Maia, chefe da Fazenda Piripiri, em Juazeiro (BA) descreveu a Canindé da seguinte maneira: "pelagem preta com a parte ventral avermelhada ou esbranquiçada; branco em torno dos olhos; pêlos curtos e brilhantes. Pernas com pelagem da cor da barriga, ou seja avermelhada ou esbranquiçada (citação de Aristóbulo de Castro - p. 215).
Já em 1915, o Eng. Francisco de Assis Iglezias afirmava: "Há por aqui no vale do rio Gurguéia (PI), cabras de cor castanha. Cara, barriga, escudo, parte inferior da cauda e extremidade dos membros: pretos. Chifres direitos e regulares. Parece um tipo bem definido. Com facilidade poderá se fixar de vez essa raça que os criadores já distinguem com a denominação especial de "Canindé". Iglezias estava equivocado quanto ao nome: ao invés de Canindé o nome correto deveria ser Gurguéia (Ver Raça Gurguéia).
Em 1940, Corlett Pinheiro Júnior escrevia que eram "caprinos da zona do Canindé (PI), muito frequentes no Ceará e que são conhecidos como raça ou cabra Canindé, com peso médio de 39 kg e cerca de 56 cm de altura na cernelha, com 65 cm de comprimento. São geralmente mochos, com boa conformação, de cor castanha, com a barriga, extremidade dos membros, aberturas naturais, cara, parte inferior da cauda e períneos pretos. Possuem uma lista dorsal de cor castanha carregada, têm o pelo muito fino e são bastante prolíferas .
Além dessas, há a Thuringian (alemã), a Pirenaica (espanhola), a Serrana (portuguesa), a Caserta ou Novara (italiana), e várias outras até na África.
A mais famosa, segundo Porter (1996), é a Grisone, de acentuada elegância, no cantão de Graubunden, no sudeste da Suíça. A Grisone (Bunder Strahlenziege ou Grigionese strisciata na Itália, ou Grisons Striped) tem uma pelagem de cor básica de antracito (carvão fóssil, cinza escuro) a preto com marcas claras (listras na cara, focinho, nas orelhas, parte inferior das pernas, nas partes inferiores do lado, parte traseira das coxas e no escudo sob a cauda). Com uma longa história nos últimos séculos esta raça de montanha é soberbamente adaptada a condições alpinas adversas onde ainda consegue produzir uma quantidade razoável de leite. Os chifres em forma de sabre viram-se levemente nas pontas.
No Brasil - A Canindé, segregada no Nordeste brasileiro desde o período colonial, logrou consolidar uma pelagem com menos partes brancas e um pêlo muito curto, quando comparada com as raças homólogas européias.
No Nordeste, depois da Grande Seca de 1877, ocasião em que os rebanhos bovinos foram quase que totalmente dizimados, as cabras dessa pelagem passaram a ser encontradas, em maior número, no vale do rio Canindé, no Piauí, pouco se tendo notícia das mesmas em sua terra de origem, na Bahia. Ganharam uma cor avermelhada, no lugar do branco e algumas tornaram-se muito peludas. O nome consolidou-se, então, como cabra Canindé, a ponto de certos estudiosos acreditarem que a origem estava mesmo no Piauí e no Ceará.
Aristóbulo de Castro afirma que é comum ouvir que existem duas formas étnicas denominadas "Canindé": uma conhecida pela tradição sertaneja, de pelagem preta e barriga branca; e outra, de pelagem castanha, avermelhada, com uma lista preta no dorso e a barriga preta (p. 214). Esta segunda, sem dúvida, é a cabra Tauá que, saindo da Bahia, chegou ao Piauí, ao vale do rio Gurguéia, de onde contraiu o novo nome de raça Gurguéia. Esta confusão foi passada para os livros.
O nome, no entanto, vem de longe. Abdias Macedo Maia, chefe da Fazenda Piripiri, em Juazeiro (BA) descreveu a Canindé da seguinte maneira: "pelagem preta com a parte ventral avermelhada ou esbranquiçada; branco em torno dos olhos; pêlos curtos e brilhantes. Pernas com pelagem da cor da barriga, ou seja avermelhada ou esbranquiçada (citação de Aristóbulo de Castro - p. 215).
Já em 1915, o Eng. Francisco de Assis Iglezias afirmava: "Há por aqui no vale do rio Gurguéia (PI), cabras de cor castanha. Cara, barriga, escudo, parte inferior da cauda e extremidade dos membros: pretos. Chifres direitos e regulares. Parece um tipo bem definido. Com facilidade poderá se fixar de vez essa raça que os criadores já distinguem com a denominação especial de "Canindé". Iglezias estava equivocado quanto ao nome: ao invés de Canindé o nome correto deveria ser Gurguéia (Ver Raça Gurguéia).
Em 1940, Corlett Pinheiro Júnior escrevia que eram "caprinos da zona do Canindé (PI), muito frequentes no Ceará e que são conhecidos como raça ou cabra Canindé, com peso médio de 39 kg e cerca de 56 cm de altura na cernelha, com 65 cm de comprimento. São geralmente mochos, com boa conformação, de cor castanha, com a barriga, extremidade dos membros, aberturas naturais, cara, parte inferior da cauda e períneos pretos. Possuem uma lista dorsal de cor castanha carregada, têm o pelo muito fino e são bastante prolíferas .
Revista O Berro
Outras Características
Estes animais possuem como características: A cabeça, média, cônica e alongada. Com perfil retilíneo e subcôncavo, orelhas curtas em forma de lança, rígidas e eretas. Chifres simétricos, dirigidos para cima, para trás e para fora, mais fortes e abertos nos machos. Olhos pretos ou castanhos, vivos e brilhantes. Tronco bem conformado e de comprimento médio. Peito mais amplo e musculoso nos machos. Linha dorso-lombar retilínea e larga. Tórax largo, profundo, com costelas bem arqueadas e sem depressão atrás das espáduas. Ventre bem ajustado ao conjunto, ancas bem ajustadas e niveladas. A garupa de médio comprimento, largas e ligeiramente inclinadas, os seus membros de médio comprimento, fortes e bem aprumados.
Os cascos são escuros e fortes. Quanto aos órgãos genitais, nos machos os testículos são simétricos e normalmente desenvolvidos, a bolsa escrotal deve ser flexível de pele escura, e nas fêmeas a vulva deve ser perfeitamente desenvolvida; o úbere deve ser bem conformado e com bens ligamentos e os tetos deve ser de tamanho médio, simétricos e levemente voltados para frente e para os lados. A pelagem preta geralmente predominante, com manchas claras que podem ser brancas, creme ou castanho (Figura 4).
As manchas claras correspondem a: Faixas na face que partindo da base dos chifres e passando acima dos olhos atingem os lábios; base e bordas das orelhas; entre ganachas e face anterior do pescoço; extremidade dos membros que nas faces internas progridem até o ventre; ventre e escudo caudal.
Nas extremidades claras podem ocorrer ilhas escuras, particularmente nas faces anteriores dos membros. As faixas faciais podem ser incompletas. Pele e mucosas escuras, (ABCC, 2001).
Defeitos que são considerados permissíveis:
· Orelhas de tamanho médio;
· Chifres com ligeira assimetria e chifres paralelos e amochados;
· Pescoço curto e grosso;
· Linha dorso lombar com uma ligeira depressão;
· Tórax com média profundidade;
· Ventre ligeiramente distendido;
· Garupa curta;
· Cascos rajados ou brancos;
· Aparelho mamário levemente pênduloso;
· Bolsa escrotal com bipartição, desde que esta não ultrapasse ¼ do comprimento da bolsa;
· Úbere com tetos longos;
· Pelagem ligeiramente despigmentação nas partes claras.
Defeitos que são considerados desclassificatórios:
· Cabeça grande;
· Perfil côncavo e convexo
· Orelhas grandes e pendentes
· Animais mochos;
· Tórax estreito;
· Garupa acentuadamente inclinada;
· A vulva, a bolsa escrotal e a pele não podem ser despigmentadas;
O ventre não pode ser preto, ou com malhas claras nas partes escuras, e quaisquer outras pelagens que não a descrita.
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